Enquanto o importante alinha, o Urgente sequestra.
Rapidez e velocidade há muito deixaram de ser algo restrito às pistas de corridas para ser agora o tema constante e obrigatório do nosso dia a dia – notadamente nos meios profissionais.
A globalização – consequência da rapidez das informações, da facilidade de locomoção e da mobilidade de cargas e materiais entre os países do mundo – impôs o drástico aumento de velocidade ao nosso cotidiano. O fax, substituto veloz do telegrama e do telex, há muito perdeu em agilidade para o e-mail; pesquisar em livros e manuais, folheando páginas por horas e horas, faz-se agora em minutos pelos sites; consultar o preço de um produto que há dez ou vinte anos fazia-se em dois ou três dias, hoje não se aceita que demore mais que dois ou três minutos; uma resposta comercial transoceânica com muita eficiência fazia-se em uma semana, agora não se admite mais de uma hora.
A necessidade (necessidade?) de se fazer cada vez em menos tempo nos contaminou a todos, impondo um novo ritmo dentro das organizações. A pressão para rápidas ações e decisões gestou o famigerado carimbo “URGENTE”. Memorandos e documentos que recebessem esta chancela, geralmente tingida de vermelho, teriam prioridade máxima – e a selva burocrática, principalmente a do governo, não tardou a hierarquizar a urgência, e assim nasceu a urgência “URGENTÍSSIMA”.
Leia mais sobre esta matéria publicada na Revista Banas Qualidade em fevereiro/11 acessando o link a seguir: